Paulo Gonet é aprovado pelo Senado e será o novo Procurador-Geral da República, em sucessão a Augusto Aras.



O Plenário do Senado aprovou nesta quarta-feira (13) a indicação do subprocurador-geral da República Paulo Gonet para chefiar a Procuradoria-Geral da República (PGR), em sucessão a Augusto Aras, por 65 votos favoráveis, 11 contrários e uma abstenção. A aprovação da indicação, que foi relatada pelo senador Jaques Wagner (PT-BA), será comunicada à Presidência da República.

Paulo Gustavo Gonet Branco, de 62 anos, é formado em direito pela Universidade de Brasília (UnB) e tem mestrado em direito pela Universidade de Essex, no Reino Unido. O indicado passou em primeiro lugar nos concursos para promotor de Justiça do Distrito Federal, em 1986, e procurador da República, em 1987. Atualmente, atua como procurador-geral eleitoral interino e é professor universitário, além de ser coautor do livro Curso de Direito Constitucional, que foi vencedor do Prêmio Jabuti em 2008.

A indicação de Gonet foi aprovada em sabatina conjunta na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) por 23 votos favoráveis e quatro contrários. Na mesma sessão, os senadores também sabatinaram o senador licenciado e atual ministro da Justiça, Flávio Dino, que teve a sua indicação aprovada para o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) na comissão e em Plenário.

Durante a sabatina, os senadores abordaram temas como a liberdade de expressão, imunidade parlamentar e garantia de políticas públicas como o sistema de cotas e a demarcação de terras indígenas. Gonet evitou dar opiniões pessoais e defendeu o equilíbrio nas ações do Ministério Público, com respeito aos limites legais e às decisões do STF. Ele afirmou que qualquer pessoa que cometer “ato que seja contrário ao ordenamento penal” terá que assumir a responsabilidade criminal, desde que seja imputável, e conforme a situação específica de cada caso.

Sobre processos que correm no STF sem a atuação do Procurador-Geral da República, Gonet esclareceu aos senadores que “o titular da ação penal não tem a exclusividade para a abertura de inquérito” e lembrou que o Ministério Público tem a responsabilidade “indeclinável” do combate à corrupção.

A indicação de Gonet para chefiar a PGR foi aprovada com uma margem significativa de votos favoráveis, indicando um apoio expressivo por parte dos senadores. Sua vasta experiência e formação acadêmica sólida também contribuíram para a aceitação de sua nomeação. O próximo passo será a comunicação oficial à Presidência da República, para que a posse de Gonet seja realizada e ele possa assumir suas funções à frente da Procuradoria-Geral da República.

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