Em entrevista ao Metrópoles, Arruda destacou que com o aumento do fluxo de dinheiro circulando devido às festas de fim de ano, os criminosos tendem a intensificar suas atividades, principalmente no ambiente online. Ele explicou que os golpistas costumam se aproveitar do aumento das compras feitas pela internet, muitas vezes através de sites falsos de comércio eletrônico ou endereços clonados.
Além dos golpes em sites de compras, outro crime em destaque em 2024 foi o golpe da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). A Polícia Civil de São Paulo, em conjunto com a Justiça, conseguiu bloquear 678 contas bancárias ligadas a essa fraude, que envolvia mensagens falsas sobre a suspensão ou cassação da CNH, induzindo as vítimas a fornecerem seus dados pessoais e bancários em sites falsos do Detran ou do governo federal.
Outra prática criminosa comum são os golpes envolvendo os Correios. Em julho deste ano, a empresa emitiu um alerta sobre fraudes que cobravam taxas inexistentes dos clientes para a retirada de pacotes supostamente taxados. As quadrilhas enviavam mensagens por SMS, e-mail ou WhatsApp com links falsos que se assemelhavam aos dos Correios, induzindo as vítimas a fornecerem seus dados e realizarem pagamentos indevidos.
Para evitar cair em golpes financeiros, principalmente nesse período de festas e compras, Arruda recomenda que os cidadãos prestem atenção aos sites nos quais estão realizando transações, verificando se são seguros e oficiais. Além disso, é importante ficar atento aos QR Codes ao fazer transferências via Pix e ativar as notificações do aplicativo do banco para acompanhar as movimentações financeiras.
Diante do aumento das fraudes envolvendo o Pix, o governo de São Paulo também agiu, suspendendo as inscrições estaduais de mais de 2 mil empresas identificadas em esquemas fraudulentos. Essas empresas criadas com nomes semelhantes a órgãos públicos e redes de varejo foram utilizadas para enganar consumidores e aplicar golpes financeiros. Como medida de precaução, Arruda aconselha os consumidores a evitarem utilizar cartões de crédito em máquinas suspeitas, com defeitos físicos visíveis.