Pastor denuncia roubo de equipamentos e restrições em igreja interditada pela Braskem, alegando injustiça à comunidade afetada por mineração em Alagoas.



O pastor Wellington Santos, da Igreja Batista do Pinheiro, fez um alerta preocupante nas redes sociais esta semana sobre o roubo de equipamentos da sua instituição, além de criticar o tratamento que a comunidade local vem recebendo por parte de seguranças contratados pela Braskem. Desde dezembro de 2023, o templo encontra-se interditado, e o acesso a ele só é permitido com autorização prévia e a supervisão de profissionais, o que tem dificultado a identificação e apuração de crimes na área. Em um desabafo angustiado, o pastor declarou: “O joelho da Braskem está no nosso pescoço. A nossa comunidade está sendo sufocada”.

O descontentamento gerou uma onda de apoio nas redes sociais, incluindo a manifestação da vereadora Teca Nelma (PT), que nesta quarta-feira (25) criticou o impedimento das atividades religiosas e sociais no templo, exigindo providências imediatas. A vereadora salientou a importância da igreja na vida comunitária e como a sua interdição afeta não apenas os cultos, mas também diversas atividades sociais que ali ocorrem.

Enquanto a igreja permanece fechada, o tráfego de veículos pesados continua normalmente nas proximidades, o que levantou questionamentos sobre a equidade no tratamento da região. Para o pastor Wellington, a restrição de acesso ao templo simboliza uma injustiça adicional imposta às vítimas do afundamento causado por atividades de mineração no bairro. “Seguiremos lutando pelo nosso território e por nossas memórias. Pinheiro vivo e de pé”, afirmou ele, reforçando a determinação da comunidade em buscar justiça.

A situação se desenrola em meio a um impasse judicial e a demanda por respostas tanto da Braskem quanto das autoridades competentes. A Defesa Civil de Maceió informou que o imóvel da igreja está situado na área 00 do Mapa de Linhas de Ações Prioritárias, que identifica a necessidade de realocação. A segurança do espaço, ainda não isolado, cabe à Segurança Pública do Estado. O acesso à área é regulado e deve ser feito apenas com autorização e acompanhamento da Defesa Civil, visando garantir a segurança de todos os envolvidos. A comunidade do Pinheiro continua mobilizada em busca de soluções para suas preocupações e direitos.

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