Gion, em entrevista concedida à TV Pajuçara, relatou suas emoções ao descobrir a tragédia. “Às 6h40 eu voei nesse mesmo avião até as 7h40 para São Paulo. Em São Paulo, peguei um voo da Latam para Maceió e soube que às 13h30 essa mesma aeronave tinha caído. Eu fiquei perplexo, digerindo essa notícia e agradecendo a nova oportunidade”, disse ele, ainda incrédulo.
Durante o voo, Gion destacou que não percebeu nenhuma anormalidade no funcionamento da aeronave. Apesar de algumas pessoas terem reportado, por meio das redes sociais, que o ar-condicionado do avião não estava funcionando, ele afirmou que estava tudo operando normalmente. “É uma aeronave muito achatada, menor que as outras, até para colocar a mala tem um complexidade, porque ela só vai de lado e tem que empurrar, fica todo mundo muito perto um do outro, os bancos não conseguem deitar, mas o ar-condicionado estava funcionando, não teve nenhum imprevisto, a não ser as turbulências,” relatou.
Ainda abalado pela tragédia que marcou aquele fatídico dia, o pastor decidiu transformar sua experiência em uma lembrança eterna. “Fiquei muito sentido pela tragédia. Tirei foto e vou fazer um quadro do check-in da minha volta de Ribeirão Preto”, compartilhou ele.
O acidente aéreo, que comoveu muitas pessoas, resultou na morte de quatro tripulantes e 58 passageiros, incluindo Ronaldo Cavaliere, de 43 anos. Residente de Maceió, Ronaldo era originalmente de Ubatuba e trabalhava como representante comercial. Sua morte, juntamente com a dos demais presentes na aeronave, acrescenta uma camada ainda mais trágica à história do voo que Gion Lucas por pouco não fez parte.
Incidentes como esse sublinham a imprevisibilidade da vida e o quão próximos estamos, a cada momento, de circunstâncias além do nosso controle.