Passaporte dos EUA perde prestígio e fica fora dos 10 mais poderosos pela primeira vez

A Queda do Passaporte Norte-Americano: Uma Mudança Histórica no Cenário Internacional

Pela primeira vez na história, o passaporte dos Estados Unidos não está mais entre os dez mais poderosos do mundo, conforme divulgado por um recente ranking da consultoria Henley & Partners. Nessa nova avaliação, o passaporte norte-americano ocupa a 12ª posição, empatado com o passaporte da Malásia, permitindo acesso a 180 destinos sem a necessidade de visto prévio. Esse deslizamento no ranking reflete um significativo Abalo na percepção e no prestígio do passaporte dos EUA, consequência direta das políticas de imigração adotadas pelo país, que geraram reações em cadeia em diversas nações.

Entre as mudanças mais notáveis, o Brasil voltou a exigir vistos de turismo dos cidadãos americanos, o que demonstra uma nova postura nas relações internacionais. O cenário que antes era dominado por uma visão de poder unilateral, onde países desenvolvidos impunham suas regras de imigração, agora se transforma em um espaço de maior reciprocidade. Camila Bruckschen, CEO da consultoria CB Asesoria, ressalta que países emergentes, com uma forte prioridade em turismo e relevância diplomática, estão adotando decisões que equilibram as relações globais.

Atualmente, a liderança do ranking é ocupada por Singapura, que permite acesso livre a 193 países. Seguem-se a Coreia do Sul com 190 destinos e o Japão com 189. No que diz respeito ao Brasil, uma queda da 16ª para a 19ª posição é notável, com o documento garantindo acesso a 169 países.

Essa mudança de dinâmica pode ser vista como um simbolismo importante, especialmente quando um país como o Brasil toma a decisão de exigir vistos dos americanos. O impacto dessa medida é imediato e reflete uma nova era de igualdade nas relações internacionais. É uma virada que sugere que a mobilidade internacional deve ser pautada por um tratamento equitativo entre nações, marcando um novo capítulo nas interações globais.

Na visão de Bruckschen, essa revolução nas relações de visto também demonstra uma autonomia significativa das nações em oposição a um sistema anteriormente hierárquico. Consequentemente, é de se esperar que outras nações sigam esse exemplo, adotando posturas semelhantes e contribuindo para um mundo mais igualitário em terminais de passagem e acesso internacional.

Com esses novos dados, o ranking dos passaportes mais poderosos segundo a Henley é o seguinte:

  1. Singapura — 193 destinos
  2. Coreia do Sul — 190 destinos
  3. Japão — 189 destinos
  4. Alemanha, Itália, Luxemburgo, Espanha e Suíça — 188 destinos
  5. Áustria, Bélgica, Dinamarca, Finlândia, França, Irlanda e Países Baixos — 187 destinos
  6. Grécia, Hungria, Nova Zelândia, Noruega, Portugal e Suécia — 186 destinos
  7. Austrália, Malta, Polônia e República Tcheca — 185 destinos
  8. Croácia, Emirados Árabes Unidos, Eslováquia, Eslovênia, Estônia e Reino Unido — 184 destinos
  9. Canadá — 183 destinos
  10. Letônia e Liechtenstein — 182 destinos.

Este novo panorama reforça que a era de privilégios absolutistas pode estar dando lugar a um equilíbrio mais justo no que tange às relações de mobilidade e cidadania.

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