O crime aconteceu entre 2h e 3h da manhã, durante uma corrida que começou em Águas Lindas de Goiás e tinha como destino Recanto das Emas. De acordo com investigações, a corrida foi solicitada pelo irmão de Jerlielson. Relatos indicam que ele havia consumido bebidas alcoólicas antes do incidente, durante o qual desferiu golpes de canivete no pescoço do motorista Elias Alves dos Santos Filho, de 37 anos. Jerlielson acreditou estar sendo assaltado e, conforme afirmações de seu advogado, a situação se intensificou quando o veículo mudou de rota, levando-o a se sentir ameaçado.
Após o ataque, Jerlielson se refugiou em uma área de mata, onde enviou mensagens ao irmão confessando o crime. Ele foi resgatado e passou a noite na casa do irmão, antes de se livrar das roupas manchadas de sangue. Essas peças acabaram sendo encontradas pela polícia durante as investigações. Na tarde seguinte ao ataque, o açougueiro se apresentou na delegacia acompanhado de dois advogados e reiterou seu argumento de que agiu em legítima defesa.
A gravidade da situação é acentuada pelas condições do motorista, que, ao mesmo tempo em que estava gravemente ferido, conseguiu dirigir até o Hospital Regional de Ceilândia, colidindo contra um poste ao chegar. Elias encontra-se internado em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva, mas felizmente as tomografias descartaram danos no esôfago e na traqueia, assim como comprometimento neurológico. Seu estado, porém, continua delicado, e ele luta pela vida.
A família de Elias responsabiliza Jerlielson pelo ataque e descreve sua versão como “mal contada”. A esposa de Elias, Synara, expressou indignação, afirmando que o ataque foi criminoso e não pode ser justificado como autodefesa. Segundo o cunhado, Esdras Albuquerque, Elias perdeu muito sangue devido à gravidade da lesão e teve uma fratura no pescoço. A situação o levou a considerar abandonar a profissão de motorista de aplicativo, um “bico” que ele havia adotado para complementar a renda da família, mas que já representava um risco que ele não estava mais disposto a correr.
A história levanta questões sobre a segurança dos profissionais que trabalham com aplicativos de transporte, ressaltando os desafios e perigos que enfrentam diariamente. Elias, que já havia expressado seu desejo de deixar essa atividade antes do ataque, agora se encontra em uma luta pela sobrevivência, e sua família aguarda ansiosamente por melhores notícias.









