Partido governista do Chile sofre revés nas eleições municipais, perdendo prefeituras importantes e registrando queda no número de governadores regionais.

Nas últimas eleições municipais no Chile, o partido governista enfrentou um revés significativo, perdendo importantes prefeituras e municípios para a oposição. Com os resultados preliminares apontando a perda das prefeituras de Santiago e Nuñoa, bem como entre 30 a 40 municípios, a coalizão de esquerda Por Chile e a aliança de centro-esquerda Contigo Chile Mejor conseguiram ganhar terreno.

Em uma disputa bastante acirrada, a prefeita de Santiago, Irací Hassler, foi derrotada por mais de 20 pontos pelo candidato de centro-direita, Mario Desbordes. Essa derrota foi particularmente significativa, considerando que a força política que prevaleceu em Santiago nas últimas eleições presidenciais é considerada um indicador importante no país.

Além disso, a perda da prefeitura de Nuñoa, tradicionalmente um reduto progressista, para o candidato de centro-direita Sebastián Sichel também chamou a atenção. A disputa acirrada entre Sichel e a prefeita em exercício, Emilia Ríos, revelou a diversidade de opiniões políticas presentes no Chile.

Em meio a essas derrotas, o presidente Gabriel Boric destacou a força e a unidade do partido governista e do progressismo no país, ressaltando que houve vitórias importantes em outros municípios e regiões. Boric afirmou que as eleições foram “doces e azedas para todos os setores”, enfatizando que não houve uma vitória esmagadora para nenhum dos lados.

Esses resultados eleitorais apontam para um cenário político mais fragmentado e diversificado no Chile, mostrando a importância da unidade partidária e a busca pela identificação dos eleitores com os candidatos. A oposição demonstrou força nessas eleições, e o partido governista terá que se reorganizar e traçar novas estratégias para enfrentar os desafios políticos futuros.

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