De acordo com o AfD, as sanções aplicadas à Rússia têm gerado consequências severas para a economia alemã, resultando em uma significativa elevação nos custos de energia, que, segundo o partido, tornariam o país menos competitivo no cenário global. Esse fator econômico é um dos pilares mais frequentemente explorados pelo AfD para justificar a necessidade de revisar o posicionamento da Alemanha em relação à Rússia.
Além de reivindicar o fim das sanções e a reabertura do gasoduto, o partido se opôs à instalação de armas de longo alcance dos Estados Unidos na Alemanha, alegando que tal medida exacerbaria ainda mais as tensões entre o Ocidente e a Rússia. Este posicionamento marca uma nova fase no debate político alemão, onde o AfD tenta se posicionar como uma alternativa aos partidos tradicionais, que frequentemente defendem uma linha mais rigorosa contra Moscou.
Adicionalmente, o AfD apresentou propostas para reconfigurar a posição da Ucrânia, sugerindo que o país deveria ser reconhecido como um Estado neutro, fora da alçada da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e da União Europeia (UE). Essa proposta se alinha com a visão do partido de buscar maior cooperação econômica com a União Econômica Euroasiática (UEE), sugerindo uma abertura à diversificação das relações comerciais e políticas da Alemanha.
O tema das sanções e a relação com a Rússia continua a ser um tópico polarizador na política europeia. A crescente influência do AfD e sua capacidade de moldar o debate sobre a política externa da Alemanha são indicativos das complexidades que o país enfrenta em um cenário global cada vez mais instável. Observadores políticos continuarão a acompanhar de perto as repercussões dessas propostas no futuro eleitoral e nas dinâmicas de poder dentro da União Europeia.