Senadores acreditam que mexer nos benefícios dos militares não resolveria o problema das contas públicas e que a redução de despesas poderia ser alcançada por meio do corte de gastos com custeio. O líder do PSD no Senado, Otto Alencar (BA), ressaltou a possibilidade de o governo reduzir despesas no custeio da máquina pública, citando diárias, viagens, horas extras e a utilização de terceirizados como áreas passíveis de cortes.
Na Câmara dos Deputados, a opinião é de que desagradar os militares seria desnecessário. O líder do Solidariedade na Casa, Aureo Ribeiro (RJ), afirmou que não é viável entrar em polêmicas que possam gerar descontentamento entre os militares, destacando a importância da pacificação no país.
Em relação às declarações do presidente Lula sobre modificações na Previdência, ele sinalizou que esse assunto só seria avaliado a partir de 2025 e que os militares não seriam tratados de maneira isolada. O líder do governo na Câmara, José Guimarães (CE), reiterou que essa questão não está em pauta no momento.
Os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e do Planejamento, Simone Tebet, apresentaram ao presidente Lula dados que destacam o déficit fiscal do país, incluindo as despesas com pessoal. A equipe econômica espera que Lula analise as demandas e decida em quais áreas serão realizados cortes nos excessos de gastos.