Parlamentares Investigados Aprovam “PEC da Blindagem” e Reduzem Controle do STF sobre Ações Penais, Levantando Questões sobre Separação de Poderes e Transparência.

A recente aprovação da chamada “PEC da Blindagem” na Câmara dos Deputados gerou intensas discussões sobre a autonomia legislativa e a responsabilização dos parlamentares. A proposta, que passou no primeiro turno, estipula que a abertura de ações penais contra membros do Congresso Nacional dependerá de autorização prévia do Legislativo. Tal medida, caso implementada, pode limitar significativamente a atuação do Supremo Tribunal Federal (STF), que desempenha um papel crucial na fiscalização das ações dos deputados e senadores.

Entre os 12 parlamentares que endossaram a proposta, destacam-se nomes como Juscelino Filho, ex-ministro e atualmente sob investigação da Procuradoria-Geral da República. Outros parlamentares que se juntaram ao apoio da PEC incluem Junior Mano e Félix Mendonça, ambos alvos de investigações da Polícia Federal relacionadas a emendas parlamentares. O ex-presidente da Câmara, Arthur Lira, também estava entre os favoráveis à PEC, mesmo diante das suspeitas de manipulação orçamentária que pesam sobre ele.

A composição dos favoráveis inclui, ainda, representantes do chamado “bolsonarismo”. Parlamentares como Gustavo Gayer, Gilvan da Federal e Zé Trovão, todos mencionados em investigações por crimes diversos, também contribuíram para a aprovação da proposta. Mencionados em casos que vão desde desvio de recursos até ações antidemocráticas, eles alegam inocência em relação às acusações.

A aprovação da PEC gerou uma resposta imediata do ministro Flávio Dino, que atua no STF. Ele deu prosseguimento a três ações que abordam regras sobre a execução das emendas parlamentares. Essas ações questionam a constitucionalidade das emendas impositivas, levantando preocupações sobre uma possível violação do princípio da separação dos poderes. A movimentação no STF indica um cenário de tensões políticas em virtude da nova proposta legislativa.

Neste contexto, a luta pela proteção do Estado de Direito e pela responsabilização de autoridades públicas continua a desafiar o equilíbrio entre os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. O desfecho das situações envolvendo a PEC e as investigações correlatas será fundamental para definir o futuro político e jurídico do país.

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