A interrupção das atividades começou na tarde do dia 31 de outubro e teve repercussões imediatas, não apenas no JFK, mas também em outros dois aeroportos importantes da região: o Aeroporto Internacional Liberty de Newark e o LaGuardia. A situação foi agravada por condições meteorológicas desfavoráveis, que contribuíram para a decisão de paralisar as operações.
Segundo dados do site de monitoramento FlightAware, até o fim da tarde do mesmo dia, mais de 3.700 voos já estavam atrasados, enquanto 350 foram cancelados. Este cenário caótico destaca não apenas a fragilidade da infraestrutura de transporte aéreo do país, mas também as consequências diretas das disputas políticas em Washington.
O novo ano fiscal nos Estados Unidos começou em 1º de outubro, mas a incapacidade do Congresso em aprovar um orçamento de forma oportuna resultou na suspensão de atividades em diversos órgãos públicos. Essa paralisação parcial é um fenômeno recorrente na política americana, refletindo a luta interna entre partidos e a dificuldade em chegar a consensos.
O presidente Donald Trump já manifestou publicamente sua intenção de utilizar a situação atual como uma oportunidade para promover cortes de gastos e demissões em massa, atribuindo a crise orçamentária à postura dos democratas. A Casa Branca, neste contexto, parece determinada a eliminar programas que não são bem vistos pelos republicanos, acentuando a polarização política no país.
Essa situação, que afetou diretamente milhares de passageiros e desestabilizou o tráfego aéreo, também levanta questões sobre a eficácia do sistema de governança em momentos críticos e expõe a vulnerabilidade nas operações essenciais do governo.









