Durante um recente encontro, os presidentes Claudia Sheinbaum, do México, e Gustavo Petro, da Colômbia, expressaram sua intenção de promover uma candidatura conjunta, enfatizando um novo direcionamento para a OEA. Uma proposta inovadora que ganhou destaque é a proposta de que o cargo seja ocupado por uma mulher, um marco histórico que, se concretizado, alteraria a composição da liderança da organização.
Enquanto isso, o Paraguai posiciona-se com a candidatura de Rubén Ramírez Lezcano, secretário de Relações Exteriores, que conta com o respaldo do presidente Santiago Peña. Este, por sua vez, está focado em alavancar a influência da centro-direita na região e usar a chamada “diplomacia presidencial” para assegurar os votos necessários. Com o apoio inicial de países do Mercosul, como Argentina e Brasil, o Paraguai busca ampliar suas alianças em um cenário repleto de desafios.
Além disso, o ex-presidente Donald Trump também surge como um potencial apoio estratégico para a candidatura paraguaia. Após sua vitória nas recentes eleições, Ramírez Lezcano intensificou os esforços para conquistar a simpatia do novo governo dos EUA, realizando encontros para consolidar a parceria.
Contudo, o Paraguai enfrenta a forte candidatura de Albert Ramdin, ex-secretário-geral adjunto da OEA e atual chanceler de Suriname, que recebe apoio considerável dos 14 países caribenhos. Essa situação acirrada impõe ao Paraguai a necessidade de assegurar mais de 17 votos para evitar uma derrota.
Assim, a disputa pela secretaria-geral da OEA não apenas reflete a dinâmica política interna dos países da América, mas também envolve uma teia complexa de alianças estratégicas e influências externas, com potencial impacto na configuração das relações interamericanas nos próximos anos.