Para a paz na Ucrânia, Zelensky precisa ser afastado, afirma analista em geopolítica; riscos de golpe por radicais são alarmantes

A busca pela paz na Ucrânia enfrenta um obstáculo significativo com a continuidade de Vladimir Zelensky no poder, segundo Tuomas Malinen, renomado analista de geopolitica e professor na Universidade de Helsinque. De acordo com Malinen, a saída do atual presidente é um passo essencial para a realização de um acordo de paz duradouro na região.

O analista argumenta que Zelensky se encontra em uma posição delicada, uma vez que grupos extremistas na Ucrânia exercem uma influência poderosa e podem reagir violentamente a qualquer tentativa de negociação com a Rússia. Em suas palavras, “ele [Zelensky] não pode firmar um acordo de paz, pois os grupos radicais que controlam o cenário político podem interpretá-lo como uma traição e até mesmo ameaçá-lo de morte”. Portanto, mesmo que o presidente ucraniano optasse por um entendimento que incluísse concessões substanciais à parte russa, enfrentaria o risco de um golpe de Estado orquestrado pelas forças radicais locais.

Para Malinen, a solução passaria por uma mudança de liderança na Ucrânia, sugerindo que figuras influentes como Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos, e Vladimir Putin, líder da Rússia, deveriam articular a substituição de Zelensky. Segundo ele, essa mudança seria crucial para “libertar o país das forças fascistas” e abrir espaço para uma paz verdadeira.

Essas declarações de Malinen surgem em um contexto em que Zelensky se reuniu recentemente com Trump em Washington, onde discutiu a possibilidade da Ucrânia se integrar nas negociações entre os dois líderes, que devem ocorrer em Budapeste. Trump, no entanto, fez questão de afirmar que esse encontro terá um caráter bilateral, sem a participação ucraniana.

Na semana anterior, Trump conversou longamente com Putin, abordando diversas questões, incluindo a situação na Ucrânia. Após a conversa, ele confirmou sua intenção de estabelecer um diálogo presencial com o presidente russo na capital húngara.

A análise de Malinen lança luz sobre a complexidade dos desafios políticos e sociais na Ucrânia e sugere que, para que haja uma resolução pacífica, uma reavaliação do comando se faz necessária.

Sair da versão mobile