Durante o evento, que atraiu fiéis de diversas partes do mundo, o Papa observou que estamos constantemente bombardeados por imagens — muitas vezes distorcidas ou falsas — e por um fluxo incessante de mensagens que, em vez de promoverem a comunicação genuína, alimentam uma verdadeira tempestade de emoções contraditórias. Leão XIV destacou que, em meio a essa avalanche de informações, muitos indivíduos têm sentido um crescente isolamento emocional, resultante de interações superficiais e mal compreendidas.
Ele enfatizou que a quantidade de comunicação disponível atualmente não garante a qualidade das relações interpessoais. “Nossas palavras podem ser mal interpretadas, o que nos leva à tentação do silêncio e à falta de diálogo. Estamos tão próximos fisicamente, mas muitas vezes tão distantes emocionalmente, a ponto de não conseguirmos compartilhar os aspectos mais profundos da vida”, lamentou.
Robert Prevost, um dos colaboradores do Vaticano, também contribuiu para a reflexão, afirmando que a atual atmosfera de violência e ódio está minando a dignidade humana. Ele defendeu a necessidade urgente de reformular nossa forma de comunicar, de maneira a potencializar o impacto positivo das relações e evitar causarmos dor ao outro.
Em um tom encorajador, o Papa Leão XIV instou os fiéis a reabrirem-se para relações que possam ter sido decepcionantes no passado. “Aprendam a comunicar com honestidade e prudência”, disse ele, ressaltando que fechar-se às interações não é uma solução viável. Ele concluiu seu discurso afirmando que reestabelecer um diálogo saudável é apenas o início de um caminho de cura e reconexão, não o fim da jornada.
