Papa assina carta de renúncia há mais de 10 anos devido a condições de saúde preocupantes e diagnóstico de pneumonia.

O Papa Francisco assinou uma carta de renúncia há mais de dez anos, deixando em aberto a possibilidade de renunciar caso sua saúde o impeça de exercer suas funções. A notícia veio à tona após o pontífice ser internado no Hospital Gemelli, em Roma, na última sexta-feira, devido a uma bronquite, que acabou evoluindo para uma pneumonia bilateral.

A confirmação da existência do documento foi feita pelo próprio Francisco em dezembro de 2022, em uma entrevista ao jornal espanhol ABC. Ele revelou que assinou a carta de renúncia e a entregou ao secretário de Estado do Vaticano, Tarcisio Bertone. O Papa disse na ocasião que em caso de impedimento médico, a carta estava à disposição de Bertone.

Apesar da doença, fontes do Vaticano afirmaram que Francisco tem se mantido informado e tentado trabalhar, lendo, assinando documentos e conversando com colaboradores. A Santa Sé divulgou que houve uma leve melhora nos exames de sangue, especialmente nos indicadores de inflamação.

A descoberta da pneumonia no Papa gerou preocupação, devido à remoção de parte de seu pulmão direito na juventude. Boatos falsos sobre a morte do pontífice se espalharam pelas redes sociais, aumentando a inquietação sobre sua saúde. No entanto, colaboradores próximos e a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, visitaram Francisco, relatando que ele estava alerta e receptivo, inclusive mantendo o senso de humor.

O Vaticano cancelou os compromissos do Papa para a semana e não confirmou sua presença na missa de domingo na basílica de São Pedro. O porta-voz da Santa Sé explicou que ainda não sabem como serão feitas as celebrações. Para o médico Andrea Ungar, a situação do Papa é difícil, exigindo que ele permaneça ativo para evitar complicações respiratórias.

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