Sentados tranquilamente em seus espaços verdes nos centros de conservação no sudoeste da China, os pandas gigantes desfrutam de sua dieta de bambu sem perceberem a importância de sua presença. Zhang Hemin, especialista do Centro Chinês de Conservação e Pesquisa do Panda Gigante, ressalta a urgência em repor a população de pandas selvagens com os que estão em cativeiro, visando evitar a extinção nos próximos 30 a 50 anos.
A reintrodução dos pandas em cativeiro na natureza tem sido um desafio, especialmente durante a pandemia de covid-19, que suspendeu temporariamente esses programas. Autoridades como Qi Dunwu destacam a importância de preparar os animais para os perigos da vida selvagem e garantir que cheguem a um ambiente adequado, com bambu e espaço suficiente.
Atualmente, estima-se que restem cerca de 1.860 pandas selvagens, e os esforços de conservação visam conectar habitats para permitir a interação e reprodução desses animais. O Parque Nacional dos Pandas Gigantes, com quase 22.000 quilômetros quadrados, é um exemplo desse trabalho em prol da preservação da espécie.
Além disso, os zoológicos estrangeiros financiam parte dos esforços de conservação ao receberem pandas em empréstimo da China. Esses animais se tornam atrações principais nos parques zoológicos, atraindo visitantes e contribuindo para a projeção de uma imagem positiva da China.
Com o retorno de pandas de diversos países, como Reino Unido e Estados Unidos, e o envio de novos animais para destinos como San Diego e Washington, o ciclo da “diplomacia do panda” continua, garantindo o papel desses adoráveis animais na preservação de sua espécie e na promoção de relações internacionais positivas. A adaptação desses pandas estrangeiros à vida na China é um testemunho do esforço conjunto de diversos países na conservação da vida selvagem.