Panamá impõe multas de até US$ 5 mil para migrantes que entrarem ilegalmente no país e anuncia deportações em caso de inadimplência.

O governo do Panamá anunciou a implementação de multas que podem variar de mil a cinco mil dólares para migrantes que entrarem no país de forma irregular. Essa medida, divulgada pelo presidente José Raúl Mulino, reflete a crescente preocupação do Panamá com o aumento do fluxo migratório, especialmente de pessoas que atravessam a perigosa região da selva de Darién, um dos principais corredores de migração para os Estados Unidos. Desde o começo do ano, aproximadamente 283 mil pessoas fizeram essa jornada, a maior parte originária da Venezuela, mas também houve chegadas de migrantes da Colômbia, Equador, Haiti e até da China.

Essas multas, de acordo com o novo decreto, dependerão da gravidade da violação das leis de imigração. Munidos de uma abordagem mais rigorosa, as autoridades panamenhas avisaram que aqueles que não puderem arcar com o pagamento da multa serão deportados para seus países de origem. Esta medida vem acompanhada de um programa de deportação aérea, que foi iniciado em conjunto com os Estados Unidos em agosto passado. O governo panamenho assegurou que continua realizando voos de repatriação semanalmente, reforçando a determinação de controlar a situação migratória no país.

A selva de Darién, conhecida por suas densas matas e terrenos perigosos, tem sido um ponto crítico para os migrantes em busca de uma vida melhor e oportunidades nos EUA. O trajeto é repleto de desafios, desde o difícil acesso até situações de violência e exploração por grupos criminosos. As autoridades do Panamá estão atuando de forma contundente para regularizar o status dos migrantes que atravessam suas fronteiras, mas também enfrentam críticas sobre a eficácia e a humanidade dessas táticas, que podem resultar na deportação de pessoas que fogem de crises em seus países de origem.

Assim, a combinação de multas, deportações e programas de repatriação evidencia a complexidade da questão migratória na América Central, onde o Panamá se posiciona tanto como um destino quanto como um ponto de passagem. A ação do governo reflete um esforço para lidar com a crise de imigração crescente, ao mesmo tempo que busca manter a ordem e controle em suas fronteiras.

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