A China reagiu imediatamente à decisão do Panamá, manifestando sua oposição à pressão e coerção dos Estados Unidos para minar a cooperação no projeto Novas Estradas da Seda. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Lin Jian, reiterou a postura do país em relação a este episódio.
O revés estratégico para Pequim é evidente, uma vez que o Panamá tem sido um ponto crucial na expansão chinesa para a América Latina. Os investimentos chineses no país, principalmente em portos e logística, foram estratégicos para a China fortalecer sua influência na região. A saída do Panamá do projeto chinês impacta significativamente os interesses de Pequim na região, levando o governo chinês a repensar suas relações com outros países da América Latina, como Brasil e Argentina.
A pressão dos EUA para que o Panamá se afastasse da China foi uma vitória diplomática para Washington, que vê com preocupação o avanço chinês em áreas estratégicas. A presença da China no Canal do Panamá foi vista como uma ameaça à segurança pelos Estados Unidos, que agora esperam fortalecer sua influência na região.
Diante desse cenário, o presidente Donald Trump pretende acelerar o processo de exclusão do Panamá do projeto chinês, com a retirada efetiva prevista para os próximos 90 dias. A China, por sua vez, mantém sua presença por meio de uma empresa de Hong Kong que opera portos na região, enquanto o governo panamenho realiza uma auditoria para avaliar as condições da concessão.
A relação entre o Panamá, China e Estados Unidos é complexa e envolve questões comerciais, estratégicas e políticas. O desfecho dessa situação ainda é incerto, e novos desdobramentos podem surgir nas próximas negociações entre os líderes envolvidos.