
Neste 19 de março, dia dedicado ao santo São José, que tem um significado especial para os nordestinos, especialmente os agricultores, a Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária, Pesca e Aquicultura (Seagri) promoveu uma palestra na sede da Federação da Agricultura, em Maceió, sobre o monitoramento ambiental via satélite para convivência produtiva com eventos climáticos extremos no Nordeste.
Ministrada pelo professor Humberto Alves Barbosa, coordenador do Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites (Lapis/Ufal), o evento, uma parceria da Federação da Agricultura, Ufal, Sebrae/AL, Asplana e Embrapa, foi destinado aos produtores rurais, técnicos e gestores municipais.
Para o secretário da Agricultura, Pecuária, Pesca e Aquicultura, Antonio Santiago, a palestra tem grande significado e é estratégica para os pequenos, médios e grandes produtores rurais, porque repassa dados climáticos, informando o período de chuvas para a lavoura, pastagens e ainda para armazenagem de água.
“Com essas informações transmitidas pelo professor Humerto Barbosa, os produtores têm uma previsão das chuvas para os próximos meses, para garantir uma safra mais segura e melhor de grãos e cana, sobretudo, para as atividades da agricultura familiar”, explica o gestor da Seagri, Antônio Santiago.
Como assegura Humberto Barbosa, especialista da Ufal, a previsão do período chuvoso de cada ano na região nordestina depende muito do sinal dos oceanos que aconteceu no ano passado, e a quadra chuvosa para este ano deverá ser mantida na mesma proporção de 2017, tanto no Semiárido como em outras regiões de Alagoas.
“A palestra se transformou numa troca de informações e de experiências, o que também passa a ser mais um instrumento sobre a previsão de chuvas para os próximos quatro meses em Alagoas”, afirma Barbosa, coordenador do Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites (Lapis/Ufal).
Antônio Rosário, produtor de cana-de-açúcar de Igreja Nova, região do Baixo São Francisco, reconhece que todas as informações repassadas pelo especialista da Ufal foram imprescindíveis para cada participante, uma vez que quem domina o hábito de plantar é o clima.
“Os dados foram necessários porque nos dão um norte tanto na hora do plantio, como no período de colheita e mais segurança na produtividade”, ressalta Rosário.
Além de destacar a importância do monitoramento ambiental via satélite para a gestão de riscos de desastres naturais, especialmente das secas e enchentes, recorrentes na região do Nordeste, as informações repassadas na palestra desta segunda-feira vão ajudar no planejamento para os produtores alagoanos.
Ascom – 19/03/2018
