Palestino repatriado vive angústia diária com filhos presos em Gaza; Brasil não cumpre promessa de uni-los.



Palestino repatriado vive o medo diário de ter seus filhos ainda presos em Gaza. Ramadan Abdou é um homem que vive atualmente no Brasil, mas seu coração ainda está em Gaza, onde seus três filhos pequenos, Ansharah, Alaa e Khaled, enfrentam diariamente os horrores da guerra.

Ramadan chegou ao Brasil em novembro de 2023, no primeiro voo de repatriação organizado pelo governo federal. Junto com sua esposa e filha recém-nascida, ele recebeu as boas-vindas do presidente Lula. Desde então, ele luta para trazer seus filhos para perto dele, longe do perigo em Gaza.

Os relatos do dia a dia em Gaza são aterrorizantes. Ramadan recebe notícias quase diariamente de suas crianças, que estão em uma situação de extrema carência. De acordo com o palestino, a situação das crianças é desesperadora, vivendo em uma tenda improvisada, sem acesso a itens básicos como comida e água.

Além disso, ele teme pela segurança de seus filhos a todo momento. O medo dos bombardeios é constante, e ele acompanha as notícias da região com ansiedade e apreensão. A incerteza sobre o futuro das crianças, especialmente com a chegada do inverno rigoroso, é um fardo pesado para Ramadan carregar.

Desde o início da guerra entre Israel e Hamas, Ramadan perdeu mais de 50 membros da família. A vida que ele conhecia em Gaza foi destruída, e agora ele luta para reconstruir sua família e sua vida no Brasil. Apesar de toda a assistência recebida no país, a falta de seus filhos ao seu lado o impede de encontrar paz e estabilidade emocional.

O Itamaraty afirma que não há previsão de novos voos de repatriação, já que não há brasileiros a serem trazidos de Gaza. Enquanto isso, Ramadan continua sua batalha para trazer seus filhos para perto dele, longe do terror da guerra. Enquanto isso, ele se agarra à esperança e à gratidão por estar em segurança no Brasil, mas com um coração dividido entre dois mundos.

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