A abertura do painel contou com a presença de Eugênio Bucci, professor da Escola de Comunicações e Artes da USP, que destacou a importância da comunicação pública na formação de uma sociedade informada. “Sem uma população educada e atenta aos seus direitos, não teremos robustez na política ou no regime democrático. A responsabilidade pela informação verídica recai não somente sobre os comunicadores, mas também sobre os detentores de poder público”, afirmou Bucci.
O tema do painel é especialmente relevante diante da avalanche de informações que circula diariamente, o que torna ainda mais urgente a tarefa de educar a sociedade sobre como lidar com essa realidade. O secretário de Estado da Comunicação, Wendel Palhares, ressaltou que a Secom tem um papel fundamental nesse processo. “Estamos aqui para preparar a sociedade para a enxurrada de informações que ela recebe de forma constante e digital”, disse.
O encontro também contou com a participação de Marco Schneider, pesquisador do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict), que lançou seu novo livro “Fascismo Zumbi: mídias sociais, inteligência artificial e desinformação”. Schneider abordou a intersecção entre tecnologia, política e cultura, caracterizando a desinformação como uma das grandes ameaças contemporâneas. Ele explicou que “o ‘zumbi’ representa algo que se move sem consciência, uma potente metáfora para o modo como a desinformação afeta a sociedade”.
Por fim, Myllena Diniz, jornalista e doutoranda do Ibict, reiterou a necessidade de fortalecer a comunicação pública e a ciência como ferramentas cruciais no combate à desinformação e na defesa da democracia. O painel reafirma a relevância de discussões e ações enfocadas na integridade da informação em tempos de crise informativa.
