Em um desabafo emotivo, Brandão expressou sua dor: “Tiraram a vida da nossa filha, era para ela estar com a gente aqui hoje”. Este lamento revela não apenas a perda insuportável, mas também a frustração de uma família que, segundo eles, não recebeu a atenção adequada durante o tratamento da jovem.
O caso de Millena, que passou por três unidades de saúde pública antes de falecer em 2 de maio, foi inicialmente considerado como um tumor cerebral. No entanto, uma autópsia posterior indicou que a causa da morte foi, na verdade, um abscesso cerebral, uma infecção que resulta do acúmulo de pus no tecido cerebral. Tal infecção pode resultar de condições diversas, incluindo infecções que se espalham de outras partes do corpo.
Durante seu tratamento, Millena sofreu múltiplas paradas cardiorrespiratórias e não resistiu. A situação se complica ainda mais com o fato de que, conforme registrado em boletim de ocorrência, a menina apresentou sintomas desde o dia 23 de abril, quando foi diagnosticada com dengue e liberada de um pronto-socorro, apenas para apresentar piora nas condições de saúde nos dias seguintes.
O hospital onde Millena foi tratada está agora sob investigação, uma vez que seu pai acusa os profissionais de saúde de não realizarem os exames necessários, como tomografias e raios-X, que poderiam ter mudado o rumo de seu quadro clínico. “Era para nossa filha estar viva hoje”, declarou o pai, ressaltando a potencialidade de um desfecho diferente, caso a situação tivesse sido conduzida de outra forma.
Essa triste narrativa ressalta a necessidade de uma análise mais profunda não apenas do caso específico de Millena, mas também do sistema de saúde que atende crianças em situações críticas. No aguardo de respostas e justiça, a história de Millena permanece um alerta sobre a importância da atenção médica adequada.