Segundo o MPE, mesmo após a reprodução simulada do caso indicar a possibilidade de a menina ter amarrado a corda sozinha e não haver indícios da participação de terceiros no crime, existem elementos suficientes para embasar a denúncia. O promotor de Justiça, Luiz Alberto de Holanda Paes Pinto, argumentou que o denunciado abandonou a filha em casa, em situação de vulnerabilidade, e praticou maus-tratos de forma constante contra seus filhos.
O advogado do acusado, Jailson Correia, afirmou que aguardará a decisão judicial para se manifestar, ressaltando que seu cliente sempre colaborou com as investigações e que confia no Poder Judiciário de Alagoas.
O caso chocou a população local e trouxe à tona discussões sobre a violência física, psicológica e verbal contra crianças. A prática de deixar os filhos passarem a noite e a madrugada nas baias dos cavalos como forma de punição foi destacada no processo como um dos elementos que contribuíram para o trágico desfecho.
A comunidade espera que a justiça seja feita e que casos como este sirvam de alerta para que a sociedade se mobilize em prol da proteção das crianças e da garantia de seus direitos fundamentais. A violência doméstica, em todas as suas formas, precisa ser combatida e as crianças precisam ser protegidas e acolhidas em um ambiente seguro e saudável.