Latrell Brito era procurado pela Operação Munditia, que o denunciou como líder de uma organização criminosa que fraudava licitações em diversas cidades do estado de São Paulo. Além disso, ele foi acusado de integrar e promover o Primeiro Comando da Capital (PCC), sendo apontado como líder das empresas que fraudavam contratos com a administração pública.
As investigações mostraram que Latrell usava documentos falsos para se esconder e evadir-se da justiça. Ele tinha três mandados de prisão preventiva em seu nome desde abril de 2024, quando fugiu momentos antes das buscas em sua residência durante a operação do MPSP.
De acordo com o MPSP, o cantor, mesmo tendo registro legalizado de Caçador, Atirador e Colecionador de armas (CAC), utilizava suas armas para atividades ilícitas. Em um vídeo, ele é visto fazendo ameaças e perguntando a um interlocutor se deve resolver um conflito com armas.
O MPSP afirmou que Latrell e um de seus sócios estavam envolvidos em uma série de crimes relacionados ao PCC, usando o dinheiro das fraudes para desfrutar de luxos como viagens internacionais, festas regadas a bebidas e até para poupar uma quantia milionária para bancar a faculdade de sua filha.
O esquema descoberto revelou fraudes de mais de R$ 200 milhões em contratos de mais de dez cidades paulistas, envolvendo empresas de fachada em nome de laranjas e pagamento de propina a agentes públicos. A denúncia também apontou que outros participantes se beneficiavam das vantagens do esquema.
Até o momento, a defesa de Latrell Brito não foi localizada para comentar sobre o caso. O Metrópoles permanece aberto para possíveis manifestações.