Padre José Eduardo de Oliveira e Silva é o pároco da Paróquia São Domingos, localizada no bairro Jardim Ester, na região metropolitana de São Paulo. Apesar das acusações, ele continua suas atividades eclesiásticas normalmente, celebrando missas e eventos religiosos.
O padre possui uma grande presença nas redes sociais, acumulando mais de 430 mil seguidores, e recebe constantes mensagens de apoio em suas postagens. Em um vídeo divulgado recentemente, seu advogado, Miguel Vidigal, assegurou que o padre está tranquilo e pediu para que continuem rezando por ele.
O advogado defendeu seu cliente, afirmando que não há provas concretas de sua participação em ações que visavam quebrar o Estado Democrático de Direito. No entanto, a PF identificou que o pároco esteve presente em uma reunião no Palácio do Planalto, onde teria sido discutida uma minuta golpista para impedir a posse do então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva.
Em um documento de mais de 800 páginas, a PF revelou mensagens do padre Oliveira pedindo orações aos militares golpistas, o que levou a corporação a concluir que ele estava disseminando a ideia de um golpe de Estado apoiado pelas Forças Armadas para manter o então presidente no poder.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, afirmou que Oliveira fazia parte do núcleo jurídico do esquema e elaborava minutas de decretos que atendiam aos interesses golpistas do grupo investigado. Em fevereiro, durante a Operação Tempus Veritatis, o padre declarou estar à disposição da Justiça e reafirmou sua posição clara e inequívoca sobre o assunto. A situação permanece delicada e em constante evolução, enquanto a Diocese de Osasco acompanha atentamente os desdobramentos do caso.