Pacheco pede celeridade do governo na apresentação de proposta para dívida dos estados, ministro da Fazenda dá prazo de 60 dias.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, do partido PSD de Minas Gerais, fez um apelo ao governo federal por mais agilidade na apresentação de um projeto para resolver a questão da dívida dos estados. Em uma reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, Pacheco solicitou um prazo mais curto do que os 60 dias propostos, devido à urgência da situação em seu estado, que tem um prazo para a renegociação da dívida com o STF se encerrando em abril.

Pacheco ressaltou a importância de encontrar uma solução rapidamente e expressou confiança no espírito colaborativo entre o governo federal e os estados para um programa que substitua o atual regime de recuperação fiscal. No entanto, ele fez questão de salientar que a prioridade do Congresso Nacional é o pagamento das dívidas, e não investimentos no ensino técnico em troca de redução de juros, como proposto pelo governo.

O senador enfatizou que a proposta que será apresentada no Congresso incluirá a questão do pagamento das dívidas, aceitação de ativos e a redução do índice de correção. Ele mostrou abertura para novas ideias, mas reiterou a importância de focar na questão financeira dos estados.

O governo federal, por sua vez, apresentou uma proposta que prevê que os estados ampliem o número de matrículas no ensino médio técnico como contrapartida para a redução dos juros das dívidas dos estados. Haddad se reuniu com um grupo de governadores do COSUD para discutir a situação das dívidas estaduais, e posteriormente encontrou-se com Pacheco.

A adesão dos estados ao programa proposto pelo governo é voluntária, e aqueles que cumprirem as metas de expansão das matrículas receberão uma redução permanente. Foi estabelecido um calendário para a apresentação da proposta ao Congresso nos próximos dois meses, e novas reuniões serão realizadas para definir os detalhes do plano.

Em meio a esse cenário de negociações e propostas, a urgência e a complexidade da questão financeira dos estados exigem uma resposta rápida e eficaz por parte do governo federal e do Congresso Nacional. A busca por soluções que beneficiem todos os envolvidos e garantam uma gestão responsável das dívidas estaduais é fundamental para a estabilidade econômica e o bem-estar da população.

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