O motivo por trás dessa mudança de atitude pode ter sido a falta de retorno por parte de Ricardo Nunes, do MDB, atual prefeito de São Paulo, após o término do primeiro turno. Em vez de buscar o apoio de Pablo Marçal, Ricardo Nunes optou por manter as críticas ao candidato do PRTB, alegando ter sido alvo de ataques “abaixo da linha de cintura”, como a acusação de agressão à sua esposa.
Com a falta de sinalização de uma possível entrada em um governo de Ricardo Nunes, Pablo Marçal voltou sua atenção para Boulos, que correspondeu ao interesse. O candidato do PSol aceitou participar de uma sabatina proposta pelo ex-coach, na tentativa de atrair parte do eleitorado que Pablo Marçal conquistou ao longo da campanha. Enquanto isso, Ricardo Nunes recusou o convite para o encontro.
Durante a sabatina, Pablo Marçal deve evitar se colocar como “chapa” de Guilherme Boulos, consciente do impacto negativo que isso poderia ter entre os eleitores conservadores. No entanto, o candidato do PRTB pretende alfinetar Ricardo Nunes, afirmando que Boulos está aberto ao diálogo com aqueles que pensam de forma diferente. Pablo Marçal também alega ter sido vítima de ataques considerados “desleais” por parte do prefeito, especialmente em relação às referências ao PCC.
Apesar da expectativa de que Ricardo Nunes participe da sabatina, a campanha do prefeito considera a possibilidade como nula. Um dos membros da equipe de Ricardo Nunes ironizou a situação, afirmando que o prefeito só participaria do encontro se Pablo Marçal apresentasse um suposto laudo verdadeiro contra Boulos.
