Pablo Marçal se posiciona a favor do impeachment de Alexandre de Moraes às vésperas das eleições para prefeito de São Paulo.

A dois dias do primeiro turno das eleições para prefeito de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB) finalmente se posicionou a favor do impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Essa decisão representa um passo importante na estratégia do ex-coach de conquistar votos do eleitorado bolsonarista, que tem se mostrado dividido entre ele e o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB).

Em um vídeo divulgado nas redes sociais, Marçal declarou: “Sendo vítima também, sou a favor do impeachment do Alexandre de Moraes. É uma pena ver um Senado com medo de um integrante do STF. Fiz questão de segurar essa informação o tempo inteiro, para entregá-la no último momento. Hoje não há o que fazer, estamos a poucas horas da eleição.” Essa declaração veio após críticas de personalidades conservadoras que o acusaram de ser “em cima do muro” em relação ao tema.

Além disso, o ex-coach foi alvo de críticas por ter comparecido ao ato de 7 de Setembro ao lado do presidente Jair Bolsonaro, principalmente após os discursos contra o ministro Alexandre de Moraes. Também houve um embate entre Marçal e o líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, Silas Malafaia, com o candidato acusando o pastor de fazer vídeos o atacando para forçar uma posição sobre Moraes.

Em resposta, Malafaia classificou Marçal como um “farsante” e sugeriu que sua mudança de posição em relação ao impeachment do ministro é resultado do desespero para conquistar votos na reta final da campanha. Segundo o pastor, o candidato do PRTB passou dois anos calado sobre o assunto e agora tenta atrair a direita e os evangélicos com discursos manipuladores e mentirosos.

Essa reviravolta no posicionamento de Pablo Marçal promete agitar os últimos dias antes das eleições e traz à tona a questão da influência das posturas políticas e estratégias eleitorais na tomada de decisão dos candidatos. Aos olhos dos eleitores, essa mudança de postura pode ser interpretada como oportunismo ou como uma resposta legítima a pressões e demandas do ambiente político atual.

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