Pablo Marçal é condenado a pagar R$ 280 mil por difamação contra Tabata Amaral durante pré-campanha à Prefeitura de São Paulo.

O influenciador digital e empresário Pablo Marçal foi condenado pela Justiça Eleitoral de São Paulo a pagar uma quantia superior a R$ 280 mil à deputada federal Tabata Amaral (PSD) por difamação. A decisão foi proferida na última quinta-feira e tem origem em declarações feitas por Marçal durante um episódio de podcast em julho do ano passado, quando ainda se encontrava em fase de pré-campanha para a Prefeitura de São Paulo.

As polêmicas declarações de Marçal surgiram no contexto de uma discussão que envolvia a estadia de Tabata em Harvard, insinuando uma relação inadequada entre a escolha acadêmica da deputada e a morte de seu pai. A promulgação de tais comentários gerou repercussões negativas, acendendo um debate sobre a ética no discurso político, especialmente em períodos eleitorais. De acordo com a promotoria da Justiça Eleitoral, as palavras de Marçal visavam impactar a imagem da parlamentar, manchando sua reputação e, assim, criando um ambiente favorável para sua própria candidatura.

O promotor Cleber Rogério Masson argumentou que as falas de Marçal foram um intento deliberado de desestabilizar a reputação de Tabata frente ao eleitorado da capital paulista. Diante das evidências apresentadas, a Justiça acolheu a denúncia, configurando a conduta do influenciador como crime de difamação eleitoral, o que é tipificado no artigo 325 do Código Eleitoral.

A sentença não se limitou a uma admonição, impondo a Marçal uma pena que inclui uma prestação pecuniária em favor de Tabata Amaral, fixada em 200 salários mínimos, além de uma multa adicional correspondente a sete dias, com cada dia-multa avaliado em cinco salários mínimos. O desfecho deste caso levanta questões importantes sobre a responsabilidade de figuras públicas no manejo de informações e o impacto de suas declarações sobre a vida de outros, além de servirem como um alerta sobre os excessos que podem ocorrer durante as competições eleitorais.

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