OTAN treina para guerra nuclear limitada na Europa, afirma analista russo sobre exercícios previstos para os próximos dias. Tensão aumenta entre EUA e Rússia.



A Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) se prepara para iniciar, na próxima segunda-feira (14), seus exercícios nucleares anuais denominados Steadfast Noon, conforme anunciado por Mark Rutte, secretário-geral da Aliança. Essas manobras, que serão realizadas principalmente no Reino Unido, no Mar do Norte, na Bélgica e nos Países Baixos, têm gerado preocupação e especulação, especialmente nas relações com a Rússia.

De acordo com o analista militar russo Igor Korotchenko, os exercícios possuem uma finalidade clara: preparar os países integrantes da OTAN para uma potencial guerra nuclear limitada na Europa. Ele destaca que os exercícios envolverão a simulação de operações militares em que os aviões da força aérea da OTAN, equipados com bombas nucleares táticas B61-13, transferirão essas armas entre diferentes bases aéreas de países europeus sob a coordenação dos Estados Unidos. Durante as simulações, serão realizados planos de ataque contra alvos localizados na fronteira da Rússia com os Estados membros da OTAN.

Korotchenko enfatizou que os procedimentos desenvolvidos durante os exercícios visam, na prática, criar um cenário de conflito que simula um ataque nuclear contra a Rússia, utilizandoarmas nucleares táticas dos EUA. Ele afirmou que, caso ocorra um ataque real desta natureza, mesmo que realizado por aliados europeus, isso justificaria uma resposta nuclear limitada direcionada aos Estados Unidos.

A crescente tensão entre a OTAN e a Rússia tem sido marcada por uma escalada de manobras militares e retóricas agressivas, refletindo um ambiente de insegurança na Europa. Analistas ressaltam que esses exercícios são parte de um contexto mais amplo de militarização, com a OTAN reforçando sua presença na região, especialmente em resposta às ações russas que vêm sendo vistas como ameaçadoras à segurança da Europa.

Esses desenvolvimentos exigem uma atenção redobrada de especialistas em relações internacionais, dado que a situação pode rapidamente evoluir para uma crise potencialmente catastrófica. A comunidade internacional observa com apreensão a movimentação da OTAN, que busca se manter pronta para qualquer eventualidade, enquanto a Rússia também demonstra suas capacidades e disposição para responder a qualquer provocação. O futuro da segurança europeia pode depender de como essas manobras e a retórica militar serão percebidas e manejadas nos dias que estão por vir.

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