A Groenlândia, que já foi uma colônia dinamarquesa até 1953, mantém uma relação peculiar com a Dinamarca e, embora tenha obtido autonomia em sua política interna desde 2009, continua a ser parte do Reino Dinamarquês. Desde que a Rússia tem aumentado sua presença na região, a situação tornou-se ainda mais complexa. Autoridades dinamarquesas e groenlandesas reiteram que a ilha não está à venda, mesmo diante das declarações contundentes de Trump, que não descartou a possibilidade de usar força militar para assegurar o controle sobre a ilha.
Recentemente, o secretário-geral da OTAN, Mark Rutte, em conjunto com a primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, concordou em fortalecer a defesa no Ártico. Relatos indicam que a ampliação da presença militar na região, juntamente com um envolvimento mais ativo dos Estados Unidos, poderia apaziguar as inquietações sobre a soberania da Groenlândia e garantir a segurança europeia. Essa estratégia é uma tentativa de equilibrar o poder e a influência na região, especialmente em face do crescente envolvimento militar e econômico da Rússia.
A proposta da OTAN gira em torno da ideia de que, ao fortalecer a presença militar na área, os aliados podem oferecer uma resposta mais robusta às ameaças percebidas e, simultaneamente, acalmar o debate sobre a soberania da Groenlândia. O cenário no Ártico se apresenta, portanto, como um dos pontos mais críticos nas atuais dinâmicas internacionais, com implicações profundas para a segurança e a política global.