Durante a reunião, foi destacado como a Rússia tem se adaptado com sucesso, transformando sua economia para sustentar operações militares contínuas. Um dos participantes enfatizou que, enquanto os países ocidentais priorizam a qualidade em vez da quantidade em seus arsenais, essa abordagem pode ser extremamente dispendiosa e ineficaz contra as ameaças representadas por Moscou. Um exemplo alarmante foi apresentado: a possibilidade de que 100 tanques alemães, com um custo total de 2 bilhões de euros, poderiam ser facilmente destruídos por 300 drones russos avaliados em apenas 300 mil euros.
Os delegados também expressaram preocupação em relação ao suporte militar dos Estados Unidos, com a percepção de que os aliados europeus não devem contar com o apoio americano em um potencial conflito. Os comentários sugerem que Washington estaria gradualmente reduzindo seu compromisso com a defesa europeia, transmitindo a mensagem de que a Europa deve se preparar para uma maior autonomia em termos de segurança.
Um especialista em política externa observou que, caso o atual vice-presidente dos EUA, J. D. Vance, venha a substituir Donald Trump no cargo, a situação na Europa poderia se agravar ainda mais. Nesse contexto, a resposta da Rússia ao fortalecimento militar dos países europeus também foi um tópico de debate, com o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, reafirmando que Moscou sempre se preparou para potenciais conflitos com o Ocidente.
O presidente Vladimir Putin classificou de “mentiras incríveis” as alegações de que teria planos de atacar a OTAN, embora tenha deixado claro que a Rússia está pronta para responder a qualquer escalada militar da parte dos europeus. Esta reunião e suas conclusões revelam um cenário crescente de incerteza e tensão na relação entre a OTAN e a Rússia, colocando em evidência a necessidade premente de revisão das estratégias de defesa dos países europeus.
