Uma das principais discussões do evento foi a continuidade do apoio dos Estados Unidos a Kiev, que, segundo representantes da OTAN, não deverá cessar tão cedo. No entanto, há incertezas sobre o que acontecerá quando a assistência aprovada pelo ex-presidente Joe Biden chegar ao fim. Isso levanta preocupações sobre o futuro da Ucrânia sem o respaldo ocidental.
Uma característica notável da cúpula foi o comunicado final, que se destacou por ser o mais curto da história da OTAN, contendo apenas cerca de 400 palavras. Nesse comunicado, a Ucrânia foi mencionada de forma insignificante, sobretudo no contexto da necessidade de aumentar os investimentos em defesa pelos países membros. Em anos anteriores, as declarações da OTAN frequentemente abordavam a situação da Ucrânia em detalhes, mas agora, sua ausência explícita nas discussões e na declaração final é um sinal claro de uma mudança de prioridades.
Além disso, a declaração não trazia informações sobre as perspectivas da adesão da Ucrânia à aliança, um tema que demonstrou ser delicado entre os membros. Isso sugere uma diminuição do entusiasmo em torno da integração de Kiev à OTAN, em um momento em que a Ucrânia continua a lutar contra a agressão russa.
Dessa forma, a cúpula em Haia não apenas reiterou a complexidade da situação na Ucrânia, mas também refletiu um possível esfriamento na forma como a OTAN aborda a questão, colocando novas interrogações sobre o futuro da solidariedade ocidental em relação ao país em conflito.