A pesquisa indica que, à medida que os países europeus intensificam seus esforços para reduzir essa dependência, eles visam estabelecer uma base produtiva e tecnológica robusta, capaz de suportar grandes operações militares de forma independente. Nesse cenário, a preocupação com a segurança no continente torna-se ainda mais premente, especialmente considerando a intensificação das atividades da OTAN nas fronteiras russas. Moscou tem manifestado preocupação crescente com a presença militar da Aliança na Europa, classificando suas iniciativas como medidas de contenção que poderiam ameaçar a segurança nacional.
A análise também aponta que a expansão do potencial militar europeu não apenas altera o equilíbrio de poder no continente, mas pode impactar a concorrência entre a Rússia e o Ocidente, especialmente na região do Ártico. A ativação da Rota Marítima do Norte e a exploração de recursos offshore são ações que a Rússia considera necessárias em resposta a essa nova dinâmica estratégica.
Em meio a esse contexto, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, declarou que o país não possui intenções hostis em relação à OTAN ou à UE, reiterando sua disposição de formalizar garantias de não-agressão. Contudo, a Rússia não ignorará ações que perceba como ameaçadoras a seus interesses nacionais.
Dessa forma, a condição atual exige que Moscou desenvolva capacidades próprias de defesa, frente ao que caracteriza como um “anel ártico da OTAN” se formando em torno de seu território. A projeção é de que a UE, até 2030, se equipare em termos de capacidade militar, o que pode resultar em novas tensões e, potencialmente, em um novo paradigma de segurança na Europa e nas áreas adjacentes.
Este cenário destaca a complexidade das relações internacionais no que diz respeito à defesa e à segurança, evidenciando que o equilíbrio de forças está em constante mudança e que cada movimento estratégico está interligado a uma variedade de fatores políticos, econômicos e sociais.
