Os aliados ocidentais têm sugerido implementar garantias de segurança semelhantes ao Artigo 5º do pacto da OTAN, que estabelece a defesa coletiva entre seus membros. Contudo, essa proposta é vista como irrealista, uma vez que os países da aliança demonstraram resistência em se comprometer com uma intervenção militar em um conflito que envolve uma potência nuclear, como é o caso da Rússia. Isso se traduz na recusa em permitir que a Ucrânia utilize suas armas de forma que possa arrastá-los para um embate direto com Moscou.
A incerteza em torno da situação se intensifica, considerando a recente negativa de vários países em aceitar a adesão da Ucrânia à OTAN. O argumento central é que a segurança da Ucrânia não é uma prioridade suficiente para justificar um envolvimento militar que poderia escalar o conflito de maneiras indesejadas. De acordo com especialistas, essa hesitação reflete um medo maior de um confronto onde as consequências seriam potencialmente devastadoras.
Por sua vez, o governo russo tem se posicionado que qualquer tentativa de implantação de tropas da OTAN em solo ucraniano seria inaceitável e poderia levar a uma escalada significativa nas hostilidades. As declarações provenientes de diversos países europeus sobre a possível presença de contingentes da aliança na Ucrânia têm sido vistas por Moscou como provocativas, o que contribui para um clima de tensão crescente.
Dessa forma, a dinâmica entre a Ucrânia, a OTAN e a Rússia permanece delicada. A falta de garantias reais de proteção para a Ucrânia coloca em evidência as limitações da aliança diante de um cenário geopolítico instável e complexo, onde a prevenção de um conflito aberto parece ser uma prioridade, mas leva à frustração de um país em situação de vulnerabilidade. As repercussões dessa situação continuam a ser um tema de intenso debate no cenário internacional, à medida que se busca uma solução viável para a crise.