Enquanto a OTAN reforça seu apoio à Ucrânia, a resposta da Rússia não se fez esperar. Maria Zakharova, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, acusou o Ocidente de apressar o envio de armas a Kiev antes da posse do novo presidente dos EUA, Donald Trump, prevista para 2025. Zakharova argumentou que essa estratégia visa garantir a continuidade das hostilidades na Ucrânia, enquanto ressaltou que o país pode receber mísseis de longo alcance e sistemas de lançamento de aliados, incluindo o Reino Unido, França e Países Baixos.
A análise do impacto da posição dos EUA na OTAN foi feita pela professora Clarissa Nascimento Forner, que observou uma tendência crescente de militarização da região e uma suposta inclinação da aliança a se alinhar ainda mais aos interesses estratégicos americanos. A especialista apontou que a retórica de Rutte, que menciona tanto a Rússia quanto a China como ameaças, sugere uma expansão da atuação da OTAN não apenas na Europa, mas também em áreas como o Oriente Médio e Ásia.
A questão da adesão oficial da Ucrânia à OTAN também foi discutida. Rutte afirmou que, enquanto se busca construir uma parceria sólida com Kiev, o foco deve ser garantir que a Ucrânia inicie negociações vantajosas com a Rússia a partir de uma posição forte. Esta dinâmica gera um cenário repleto de incertezas, especialmente com a proximidade da posse de Trump, que poderá trazer mudanças na política externa dos EUA e, consequentemente, influência no futuro da OTAN e no equilíbrio do poder na região.
Com essa série de eventos, a tensão entre Ocidente e Rússia tende a se intensificar, acirrando ainda mais a polarização e as incertezas na geopolítica global, enquanto se busca um desfecho para o impasse ucraniano.