Os candidatos Milei e Bullrich buscam a exclusão da Argentina do Brics, caso sejam eleitos.



Os candidatos da oposição argentina nas eleições presidenciais se pronunciaram hoje, durante uma conferência em Buenos Aires, sobre seu posicionamento em relação à participação do país no grupo dos Brics. Ambos afirmaram que, se eleitos, irão retirar a Argentina do bloco composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

Durante sua palestra, Javier Milei, candidato da extrema direita argentina, deixou claro que seu alinhamento será unicamente com os Estados Unidos e Israel. Sem mencionar explicitamente o grupo dos Brics, Milei frisou que não irá se alinhar com comunistas, sinalizando sua rejeição à presença da Argentina no bloco.

O candidato do partido A Liberdade Avança, que tem ganhado destaque em eventos públicos e privados, reafirmou seu apoio ao livre comércio, destacando que cabe ao setor privado decidir com quem vai comercializar. No entanto, ele ressaltou que, como chefe de Estado, seu papel será defender o livre comércio e que o Estado não deve interferir nesse aspecto.

Além disso, Milei também fez críticas aos socialistas, afirmando que eles não são defensores da liberdade. Questionado sobre possíveis relações comerciais com países como Espanha, o candidato afirmou que isso dependerá dos interesses do setor privado.

Por sua vez, Patricia Bullrich, candidata da aliança de centro-direita Juntos pela Mudança, foi mais direta em sua declaração, afirmando que a Argentina não estará nos Brics se seu partido assumir o governo.

Ambos os candidatos deixaram claro que não pretendem romper relações comerciais com nenhum país e que o setor privado poderá continuar estabelecendo relações comerciais com vizinhos como o Brasil e a China. No entanto, eles ressaltaram que a questão geopolítica será uma responsabilidade do Estado e que seu alinhamento será apenas com os Estados Unidos e Israel.

A participação da Argentina no bloco dos Brics tem sido criticada por setores da oposição, que acreditam que o país não deve se aliar a grupos que possuem ideologias diferentes das defendidas por eles. Resta aguardar as eleições e ver como o próximo presidente irá lidar com essa questão e quais serão as consequências dessa possível retirada do bloco.

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