Na legenda da foto, Oruam escreveu: “A favela sempre vai usar Havaianas, o mundo sempre vai usar Havaianas”. A frase revela não apenas a popularidade do produto, especialmente entre os moradores de comunidades, mas também sugere uma crítica mais profunda sobre a representatividade e o espaço que a marca ocupa na cultura brasileira. Oruam, conhecido por suas letras que abordam questões sociais e culturais, leva a discussão para um novo patamar, ao conectar sua imagem pessoal e sua luta como artista e indivíduo à marca em questão.
Este pronunciamento ocorre em um momento em que Havaianas está no centro de uma série de críticas e debates nas redes sociais, impulsionados por diversas figuras públicas que se manifestaram sobre a marca. A polêmica parece refletir uma insatisfação generalizada sobre temas como apropriação cultural e a forma como as marcas se relacionam com suas raízes e com a comunidade.
A escolha de Oruam em associar sua figura à marca de uma maneira tão simbólica não é meramente uma declaração de preferência, mas uma afirmação sobre identidade e pertencimento. Os chinelos Havaianas, que ao longo dos anos tornaram-se um ícone cultural no Brasil, também estão envolvidos em um diálogo sobre classe, estética e as experiências de vida de quem vive na favela.
A postagem, portanto, não apenas ressoou entre seus seguidores, mas também despertou reflexões sobre a relação entre consumidores e marcas em um país com tanta desigualdade socioeconômica. Oruam, ao empregar uma imagem tão carregada de significado, destaca a importância de discutir o contexto social em que os produtos são consumidos e a necessidade de um entendimento mais profundo sobre a cultura brasileira.







