Na matéria, a revista mergulha na estética das periferias, apresentando a visão de Oruam, que vive a realidade intensa de sua comunidade no Rio de Janeiro. Durante a entrevista, o artista discorre sobre diversos temas, incluindo sua paixão pela arte e pela moda, além de comentar sobre a aceitação do seu trabalho. Um ponto central destacado por Oruam é o tão debatido Projeto de Lei Anti-Oruam, que, curiosamente, também é o título de uma de suas faixas mais conhecidas.
A produção visual, assinada pelo fotógrafo Pedro Napolinário, apresenta uma série de imagens que capturam jovens da favela, muitos dos quais ostentam cabelo curto tingido de vermelho, uma referência provocativa às suas origens e à sua arte. Dazed não hesita em descrever Oruam como “o artista de hip hop que mais atrai atenção no Brasil atualmente”, ressaltando sua notável capacidade de conectar-se com o público por meio das redes sociais. Sua musicalidade, que combina rap cadenciado com ritmo acelerado do baile funk, ressoa profundamente com uma nova geração que busca identidade e expressão.
Oruam, assim, não se limita a ser um rapper; ele se tornou um símbolo de resistência e criatividade que transcende fronteiras. Sua presença no cenário musical internacional sublinha a importância de vozes emergentes que representam as complexidades e realidades da vida nas periferias, enquanto desafiam estereótipos e abrem espaço para discussões sobre cultura, política e arte. A visibilidade que ele alcança é um reflexo do potencial transformador da música e da arte, que podem ecoar além dos limites geográficos e culturais.