Camponeses ligados a Comissão Pastoral da Terra (CPT), Movimento Social de Luta (MSL), Movimento Popular de Luta (MPL), Movimento Terra, Trabalho e Liberdade (MTL), Movimento Terra Livre, Frente Nacional de Luta (FNL) e ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) repudiaram a nomeação de Junior Rodrigues, por representar a continuidade de uma gestão com traços bolsonaristas, herdados desde o governo Temer.
Segundo as organizações mobilizadas, havia um consenso com o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) para a nomeação do servidor de carreira do Instituto, José Ubiratan, mas foram surpreendidos com a indicação de César Lira para o cargo mais uma vez.
Com faixas, palavras de ordem, bandeiras e ferramentas, os movimentos deixaram claro que não aceitarão a nomeação de Junior Rodrigues e destacaram uma ampla agenda de luta para exigir a nomeação de um superintendente alinhado aos desafios e expectativas da pauta agrária no estado.
Além disso, a mobilização levantou a denúncia da relação de Junior Rodrigues com o INCRA, com a prestação de serviços de sua empresa para executar o Programa de Habitação Rural, marcado por uma série de problemas em sua condução.
Essa nomeação acende um alerta na condução da política agrária em Alagoas, indicando que os interesses individuais estão se sobrepondo às necessidades coletivas das comunidades e organizações camponesas do estado. Os movimentos de luta pela terra em Alagoas exigem a exoneração de Lira e a indicação de um novo superintendente que corresponda às expectativas de luta agrária no estado, como José Ubiratan, servidor de carreira do órgão.
A manifestação contou com o apoio de diversas instituições e intelectuais, que defendem a nomeação de José Ubiratan para a superintendência do INCRA. A luta pela reforma agrária em Alagoas continua, em busca de uma representatividade que atenda às necessidades da população camponesa e à justiça no acesso à terra.
-
-
-
-
