Além da verba limitada para o gabinete, o salário da vice-prefeita foi estabelecido em R$ 12 mil brutos, o que, após os descontos obrigatórios, deve reduzir-se a aproximadamente R$ 8 mil líquidos. Essa situação levanta questionamentos sobre a autonomia e a efetiva capacidade de atuação de uma vice-prefeita diante de um orçamento tão restrito. A disparidade entre a importância do cargo e o suporte financeiro disponibilizado levanta dúvidas sobre o valor que a gestão municipal atribui à vice-prefeitura e à relevância do cargo em sua estrutura administrativa.
Na prática, a restrição financeira implica em limitações para que Sheila Duarte possa desenvolver ações, projetos e um trabalho efetivo que vá além do mero simbolismo do cargo. Sem uma estrutura financeira adequada para respaldar a vice-prefeitura, é provável que a gestão da vice-prefeita seja condicionada a esforços externos ou sujeita a pressões restritivas.
Essa falta de suporte ao gabinete e ao salário da vice-prefeita é vista por muitos como uma espécie de “síndrome do decorativo”, reforçando um padrão em que o vice-prefeito desempenha um papel meramente figurativo, desprovido de recursos e autonomia real para contribuir efetivamente com o governo municipal. A forma como essas questões serão abordadas poderá defini a relação entre os eleitos e as expectativas da população de Palmeira dos Índios por uma administração mais comprometida com todas as esferas do poder executivo.