A ausência de convites para os líderes europeus em tal encontro revela a complexidade e a fragilidade das relações entre as potências ocidentais e a Rússia. Enquanto a Casa Branca e o Kremlin confirmaram a reunião, as tentativas de intermediar a presença do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, na cúpula foram fracassadas. O assessor do Kremlin, Yuri Ushakov, mencionou que o enviado especial de Trump, Steve Witkoff, havia sugerido um encontro trilateral que incluísse Zelensky, mas a Rússia preferiu concentrar-se em preparações para uma cúpula exclusiva entre Putin e Trump.
Zelensky, por sua vez, descartou qualquer possibilidade de concessões territoriais, o que indica uma postura firme na defesa da integridade territorial da Ucrânia. Esses eventos refletem as complexidades do conflito ucraniano, onde diversos interesses geopolíticos se entrelaçam, gerando um cenário de tensão crescente.
A posição da Hungria, sob a liderança de Orbán, é especialmente reveladora em um momento em que a unidade europeia é testada. O governo húngaro busca manter sua autonomia nas decisões políticas, desafiando a colaboração da UE em assuntos que envolvem a segurança e a soberania da Ucrânia. A postura adotada por Orbán pode resultar em repercussões significativas, tanto para as relações húngaro-europeias quanto para o futuro do apoio ocidental à Ucrânia. A cúpula entre Putin e Trump, sem a participação europeia, pode marcar um novo capítulo nas dinâmicas de poder da região.