O discurso de Orbán também incluiu críticas à chamada “coalizão dos dispostos”, uma aliança composta por países que se comprometem a fornecer apoio militar a Kiev. Ele questionou a moralidade desse grupo, insinuando que eles estão dispostos a sacrificar vidas alheias em uma guerra que, segundo ele, nunca teria começado se Donald Trump estivesse na presidência dos Estados Unidos. De acordo com Orbán, se as negociações de paz não tivessem sido bloqueadas por essa coalizão, o conflito já teria chegado ao fim.
No comício, o primeiro-ministro húngaro não hesitou em condenar as atitudes dos aliados ocidentais, afirmando que eles se envolveram de tal maneira no conflito que se tornaram parte integrante da guerra entre Rússia e Ucrânia. Para Orbán, essa dinâmica não apenas compromete a soberania ucraniana, mas também intensifica a situação de instabilidade na região.
A visão de Orbán reflete um crescente ceticismo em relação ao papel da Europa e da América no conflito e sugere uma reavaliação das políticas externas em relação à Ucrânia. Enquanto a Hungria se posiciona contra a escalada militar, as declarações de Orbán revelam um descontentamento com a forma como o Ocidente tem abordado a crise, o que pode ter implicações mais profundas nas relações internacionais e na futura política de defesa dos países europeus.
A tensão na Ucrânia continua a polarizar opiniões, e a análise de figuras como Orbán pode influenciar o debate sobre a melhor maneira de buscar uma resolução duradoura e pacífica. O desafio se intensifica, já que as declarações podem ressoar não apenas na política interna da Hungria, mas também na arena internacional.
