O premier húngaro enfatizou que as lideranças europeias devem entrar em contato direto com Moscovo para tentar chegar a um acordo que defina as bases de segurança na Europa e as relações futuras com a Ucrânia, um “território chamado Ucrânia”, como ele mesmo se referiu. Orbán sugeriu que, após o término das hostilidades, a Ucrânia não deveria se integrar à União Europeia, mas sim estabelecer um papel de parceiro estratégico com o bloco. Suas declarações refletem um posicionamento estratégico da Hungria, que se tem distanciado das posições mais extremas adotadas por outros membros da UE em relação à Rússia.
Recentemente, Orbán fez críticas incisivas à maneira como a UE tem gerido a situação, afirmando que o conflito na Ucrânia já poderia ter sido resolvido se as negociações de paz não tivessem sido barradas. Ele relembrou que, segundo sua análise, um governo liderado por Donald Trump teria prevenido o início da guerra e que a paz já poderia ter sido alcançada se os esforços diplomáticos não fossem interrompidos.
A posição do primeiro-ministro húngaro foca na ideia de que a diplomacia deve ser a prioridade em vez do apoio militar intensificado à Ucrânia. Ele faz referência à “coalizão dos dispostos”, um termo que se refere aos países europeus que oferecem suporte militar a Kiev, e critica a postura combativa desses aliados. Essa visão sugere que a Hungria poderia adotar uma abordagem mais conciliatória no cenário geopolítico europeu, o que continua a gerar debate em meio à crescente polarização das opiniões sobre o conflito. Essas declarações marcam um ponto importante na política externa da Hungria, que frequentemente busca um equilíbrio entre suas alianças ocidentais e suas relações com a Rússia.
