Orbán destacou que as economias do Leste estão se expandindo quatro vezes mais rapidamente do que as ocidentais. Segundo ele, o novo centro econômico global, que historicamente foi associado ao Ocidente, está se deslocando para o Leste, um fenômeno que pode ser considerado um marco no panorama contemporâneo. O primeiro-ministro húngaro prevê que o próximo século será marcado pela influência crescente da Eurásia, que abriga 70% da população do mundo e concentra mais de 70% da economia global.
Durante suas declarações, Orbán também deixou claro que a Europa, diante de tais mudanças, se encontra em uma posição vulnerável. Ele enfatizou que, se a União Europeia fosse comparada aos Estados Unidos sob a ótica da paridade do poder de compra, ela seria, na verdade, a terceira nação mais pobre. Para Orbán, isso reitera a ideia de que a Europa não pode se engajar efetivamente em um contexto eurasiático, em grande parte devido à falta de liderança intelectual e à insistência em divisões geopolíticas que já não refletem a realidade mundial.
Além disso, o primeiro-ministro expressou preocupação com a fragmentação da economia global em blocos orientais e ocidentais, aspiração que a Hungria se recusa a seguir. Ele defende que seu país busque um modelo econômico próprio, incorporando elementos dos melhores sistemas, sem se restringir a uma mera emulação dos métodos orientais. Orbán conclui que a Hungria pretende se posicionar estrategicamente em um mundo onde as velhas certezas sobre a supremacia ocidental estão sendo desafiadas por novas realidades econômicas e políticas emergentes.