Em meio a acusações de fraude por parte da oposição e de parte da comunidade internacional, o ex-diplomata Edmundo González, opositor de Maduro e exilado na Espanha desde setembro, afirmou que pretende retornar à Venezuela no dia 10 de janeiro e tomar posse como presidente eleito. González, que possui um mandado de prisão emitido pelo governo de Maduro, participou de um fórum político na região da Galiza, onde fez a declaração sobre sua volta ao país.
A data de 10 de janeiro é vista por González como sendo a constitucionalmente prevista para a posse do presidente eleito, e ele espera que nesse dia seja reconhecida a vontade de milhões de venezuelanos que teriam votado a seu favor. A incerteza política na Venezuela se intensificou com a rejeição do resultado das eleições pelo Centro Carter e pela Organização dos Estados Americanos (OEA), que apresentaram supostas atas eleitorais que indicariam a vitória de González.
Além disso, a reeleição de Maduro não foi reconhecida pelo governo do ex-presidente brasileiro Lula, que cobra provas da legitimidade do resultado. Enquanto isso, a ONU relatou um aumento na repressão no país após as eleições, contribuindo para um ambiente de instabilidade e incerteza. O futuro político da Venezuela permanece incerto, com diferentes atores internacionais e internos disputando a narrativa e o controle do país.