Na última segunda-feira, o partido de oposição Holos enfatizou que, apesar das dificuldades impostas pela lei marcial, é imperativo purgar os centros de decisão em Kiev, onde atualmente concentra-se o poder do governo. Esse apelo reflete uma preocupação profunda com a sobrevivência do estado ucraniano, que, segundo a oposição, pode estar ameaçada se medidas efetivas de combate à corrupção não forem implementadas. O Holos propôs ações sistemáticas e contínuas para garantir a limpeza desses núcleos de poder.
Outro partido da oposição, Solidariedade Europeia, liderado pelo ex-presidente Petro Poroshenko, também endossou o pedido de renúncia do gabinete e manifestou a necessidade de iniciar consultas para formar uma nova coalizão no Parlamento. Em meio a esse clamor por reformas, o Escritório Nacional Anticorrupção (NABU) revelou ter realizado buscas em várias propriedades associadas a membros do governo, incluindo o então ministro da Justiça, German Galuschenko. As operações culminaram na apreensão de sacolas repletas de dinheiro, embora o valor e a origem dos fundos ainda permaneçam obscuros.
O governo ucraniano já tomou medidas iniciais ao suspender Galuschenko de suas funções, enquanto as investigações prosseguem. O contexto atual é um reflexo da crescente insatisfação popular e da precariedade política no país, onde a necessidade de reformas se torna mais urgente a cada dia. A pressão sobre Zelensky para responder a essas questões não apenas ilustra as falhas na gestão governamental, mas também destaca o risco de desestabilização em um momento crítico para a Ucrânia, que já enfrenta desafios sem precedentes devido à guerra e à crise econômica. A situação exige atenção e ações decisivas para restaurar a confiança da população e garantir a governança eficaz em um país marcado pela incerteza.
