Durante a reunião, os parlamentares demonstraram preocupação com as implicações da prisão de Bolsonaro, considerando-a um marco que intensifica o confronto com o Supremo Tribunal Federal (STF). Os deputados concordaram que é crucial oferecer uma resposta política rápida e eficaz. Dentre as estratégias deliberadas, a principal foi reforçar a ideia de que Bolsonaro está sendo alvo de uma perseguição judicial, buscando reavivar pautas anteriores, como a proposta de anistia para aqueles condenados por ações durante a crise política de 8 de janeiro e iniciativas que visam limitar a atuação do STF.
Além disso, o grupo discutiu maneiras de mobilizar o Congresso Nacional para uma reação institucional mais expressiva. Sugestões foram apresentadas, incluindo a organização de atos públicos em defesa do ex-presidente, com a possibilidade de manifestações nos próximos dias, especialmente em Brasília e nas principais capitais das regiões Sul e Sudeste do país. Esses encontros buscam galvanizar o apoio ao bolsonarismo e demonstrar força frente à decisão judicial.
A prisão de Jair Bolsonaro foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, em função de descumprimento de medidas cautelares relacionadas ao inquérito das milícias digitais. O ex-presidente já se encontrava sob monitoramento com tornozeleira eletrônica desde 18 de julho e, segundo informações, participou de uma videoconferência com congressistas no dia anterior à nova decisão, o que motivou a ação judicial.
Essa reunião na capital federal reflete o clima de tensão e a polarização política no Brasil, com a oposição buscando reorganizar suas forças e estratégias em um contexto cada vez mais desafiador. A situação continua a gerar reações diversas, tanto na esfera política quanto nas ruas, onde o apoio e a crítica cruzam caminhos num debate nacional acirrado.