A oposição, dividida diante da gravidade da situação, se bifurca entre aqueles que clamam por uma anistia total, isentando Bolsonaro e outros envolvidos em atitudes controversas, e aqueles que veem como alternativa a possibilidade de uma redução nas penas. Este embate interno se intensifica, especialmente após um rompimento significativo entre líderes influentes na Câmara, como o presidente Hugo Motta e o líder do Partido Liberal, Sóstenes Cavalcante, que pode atrasar a votação de qualquer proposta.
Neste contexto complicado, o senador Flávio Bolsonaro assume um papel central, conduzindo articulações com o relator do Projeto de Lei da Dosimetria, deputado Paulinho da Força. Os aliados do senador indicam que a prioridade é assegurar a aprovação da proposta original de anistia, idealizada por Marcelo Crivella, que pretende perdoar os envolvidos em manifestações desde o segundo turno das eleições, realizado em 30 de outubro de 2022.
Entretanto, a estratégia não se limita apenas à anistia. Se as negociações com os líderes partidários não avançarem, um “plano B” está sendo preparado, prevendo uma significativa redução das penas para os condenados no contexto da trama golpista. Essa dualidade na abordagem revela as tensões políticas em curso e a busca por unidades dentro da oposição, enquanto muitos se questionam sobre o futuro do ex-presidente e as implicações legais para os envolvidos.
As próximas semanas poderão ser decisivas, tanto para a definição da situação do ex-presidente quanto para o fortalecimento ou a fragmentação de alianças no Legislativo. Acompanhar esses desdobramentos se torna essencial para entender a dinâmica política brasileira nesse momento conturbado.
