Em uma coletiva de imprensa realizada em frente ao Congresso, parlamentares da oposição manifestaram sua indignação em relação à decisão de Moraes sobre a prisão domiciliar. O senador Flávio Bolsonaro, filho do ex-presidente, ressaltou que as demandas da oposição visam a “pacificação” do Brasil. Ele mencionou que a primeira medida para alcançar esse objetivo seria o impeachment de Moraes, que, segundo ele, não possui a capacidade de representar a mais alta Corte do país.
Rogério Marinho, líder da oposição no Senado, solicitou ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre, que coloque em votação o impeachment do ministro. “Estamos ocupando as mesas diretoras das duas casas e obstruindo as sessões, um ato extremo, mas necessário. Já se passaram mais de 15 dias sem que eu consiga diálogo com Davi Alcolumbre”, afirmou Marinho.
Além das reivindicações de anistia e do impeachment de Moraes, a oposição também clama pela votação de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que visa o fim do foro privilegiado. Caso aprovada, essa medida faria com que o ex-presidente Bolsonaro fosse julgado em primeira instância, e não pelo STF. Embora os parlamentares afirmem que estão buscando a pacificação do país, o líder do PL, Sóstenes Cavalcante, enfatizou que o grupo se apresenta “para a guerra”. Ele argumentou que não haverá paz sem um discurso de conciliação que englobe a anistia, a proposta de mudança no foro privilegiado e a destituição de Moraes.
Esse movimento agitado no Congresso reflete a tensão e o descontentamento que permeiam o cenário político atual, revelando um ambiente de intensa polarização e disputas pelo futuro do país.